PRINCIPAIS
PROBLEMAS DA PEC 241/16, SEGUNDO AVALIAÇÃO DO DIEESE E DA CONDSEF
Num debate ocorrido na
terça-feira, 18, no Sindsep-DF, entidade filiada à Condsef, o Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou as
principais consequências da aprovação da PEC 241/16 para o Brasil. Segundo o
Dieese, o principal problema é o congelamento de investimentos públicos por 20
anos e a imposição de um novo regime fiscal obedecendo ao ajuste fiscal de
curto prazo enviado ao Congresso Nacional por Michel Temer e já aprovada em
1º turno na Câmara dos Deputados.
Caso aprovada, a proposta pode
alterar a Constituição e impedir a execução de direitos assegurados pela
própria Constituição. Uma contradição que para a Condsef precisa ser
amplamente debatida com a sociedade. Outra questão que está em risco é o
acesso da população a serviços essenciais assim como todo o bem estar social
brasileiro. Limitando o crescimento da despesa primária da União por 20 anos,
o Estado sufoca e restringe o orçamento fiscal e da seguridade social com
base fixada pelos valores consolidados em 2016, um ano de crise.
Estudos apontam que com a PEC
241 vai engessar a folha de pagamentos da União, vai promover arrocho
salarial, vai desautorizados reajustes e novos concursos por duas décadas. O
impacto em políticas públicas é certo. Em áreas como saúde e educação, a PEC
241 prevê, a partir de 2018, limites mínimos que terão que se enquadrar ao
total de gastos impostos pela proposta de emenda à Constituição. Por isso, o
Dieese sinaliza que a aprovação dessa PEC representa uma reforma do Estado.
O Dieese destaca que não estão
previstas mudanças na estrutura de arrecadação do Estado. Ou seja,
continuaremos pagando uma das maiores taxas de impostos do mundo e teremos
negado o direito à contrapartida em serviços prestados pelo Estado. Para o
Departamento Intersindical, tudo isso é um grave ataque a direitos
assegurados aos cidadãos.
Assim sendo, na próxima
segunda-feira, dia 24, a Condsef convoca todos os servidores públicos
federais às ruas nas principais cidades do país. O objetivo é promover um
grande dia nacional de lutas contra a PEC 241. Segundo a Confederação, a
reação a esse absurdo deve ser proporcional aos ataques que estão impondo aos
direitos dos trabalhadores.
Nesse caminho, contra o
retrocesso, a palavra de ordem é: “Nenhum direito a menos. Nenhum passo
atrás.”
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Fonte: www.condsef.org.br
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