M E D I C I N A
Ácaros, fungos e bactérias nas camas, colchões e travesseiros...
O ácaro é o principal agente de
substâncias causadoras de alergias numa casa. Ácaros, fungos e bactérias causam
conjuntivite, eczema, sensação de peito fechado à noite, espirros, coceira nas
mãos ou face, corrimento ou bloqueio e até mesmo asma. Camas, colchões e
travesseiros mantêm microclimas cujo grau de calor e umidade são favoráveis ao
surgimento de ácaros. Estudos práticos demonstraram que, após 6 anos de uso, um
travesseiro pode ter 10% de seu peso em ácaros, seus detritos e fragmentos de
pele humana.
No que se
refere à poluição ambiental, é preciso diferenciar alguns tipos de poluentes.
Os ácaros, que são poluentes biológicos, agridem mais as pessoas alérgicas.
Eles pertencem à família dos aracnídeos e possuem quatro pares de patas como as
aranhas. Basicamente, o que fazem na vida é alimentar-se, pôr ovos e brigar com
os outros ácaros. Existem mais de 30 mil espécies de ácaros. O carrapato
é um deles, mas os que mais causam doenças alérgicas vivem dentro de nossas
residências. São os dermatofagóides, ou comedores de pele (dérmato quer dizer
pele e fagóide significa que come). Eles proliferam onde houver descamação de
pele e necessitam de um ambiente escuro, úmido e quente como os fungos.
Nas nossas casas, embora carpetes,
estofados e armários possam abrigar muitos ácaros, o colchão é o lugar ideal
para eles. O calor e a umidade de nosso corpo, a descamação natural da pele,
lençóis e colchas que mantêm o escurinho e a umidade que se mantêm mesmo
durante o dia propiciam as condições de que necessitam para se desenvolverem.
Em geral, o ácaro
fica retido entre as fibras do colchão, não em sua superfície. O que provoca
alergia é o animal morto que se solta das fibras e elimina bolotas fecais
extremamente alergizantes. Quando a pessoa se senta ou se deita na cama, é como
se pulverizasse essas substâncias para o ar, que voltam a cair e são inaladas.
Tudo é
paliativo. O ideal é não ter ácaros. Esses pequenos animais ficam presos nas
fibras dos tecidos, e os aparelhos não têm como removê-los dali. Os que
produzem vapor quente conseguem matar os ácaros porque eles morrem a 60º. O
problema, porém, é que umedecem o tecido e, como não se consegue secar
completamente o colchão, o carpete ou o estofado, depois de algum tempo a população
de ácaros aumenta muito. O ácaro vive mais ou menos cem dias e a fêmea coloca
cerca de dois ovos por dia, portanto 200 durante a vida.
Parentes próximos das aranhas e
carrapatos, os ácaros são organismos microscópicos, transparentes e com
aparência de gelatina. Sua remoção é difícil, mesmo com o uso do aspirador de
pó, pois agarram-se às fibras com unhas e pinças. O que provoca alergia nos
seres humanos é a enzima Der P1, liberada em suas fezes. O clima brasileiro é
ideal para que essa espécie procrie, já que os ácaros precisam de temperaturas
acima de 20°C e umidade relativa do ar entre 60 e 70%.
ALERGIA
Introdução:
O ser humano se encontra
cercado por uma grande diversidade de agentes capazes de provocar patologias,
contra as quais o nosso organismo pode se defender graças ao sistema que nos
protege de substâncias estranhas de maneira eficaz.
O sistema imunológico
é aquele que permite o reconhecimento dessas substâncias, montando em
contrapartida uma resposta frente às estruturas ou agentes que lhe são
estranhos, com a intenção de preservar a integridade do dito organismo. Isso é
o que é conhecido como "resposta imunológica". O sistema imunológico
é constituído por uma grande diversidade de células e órgãos (onde estas
células amadurecem e desenvolvem).
Ademais, diversas
substâncias são produzidas em resposta aos mencionados agentes agressores.
A alergia é uma
resposta exagerada do nosso organismo quando este entra em contato com
determinadas substâncias provenientes de fora, podendo produzir uma lesão nos
tecidos ou uma enfermidade.
Os alergênios são
aquelas substâncias capazes de desencadear uma reação alérgica. Podem ser
classificados de acordo com a causa em:
Inalantes: Poeira
doméstica, fungos, ácaros, pelos de animais, pólens.
Digestivos: Alimentos (trigo, ovos, cítricos, chocolate, pescado, soja), medicamentos (penicilina, aspirina).
Infectantes: Parasitas, bactérias, vírus.
Injetáveis: Medicamentos, venenos por picadas de insetos.
Através de Contato: Cimento, cromo, níquel, cosméticos, látex.
Digestivos: Alimentos (trigo, ovos, cítricos, chocolate, pescado, soja), medicamentos (penicilina, aspirina).
Infectantes: Parasitas, bactérias, vírus.
Injetáveis: Medicamentos, venenos por picadas de insetos.
Através de Contato: Cimento, cromo, níquel, cosméticos, látex.
Todos estamos
expostos a muitos alergênios e, na maioria, convivemos com eles sem problemas.
Em uma pessoa não alérgica, a reação protetora que o organismo produz contra
estas substancias é nula ou de baixa intensidade e permanece despercebida;
enquanto em uma pessoa alérgica se desencadeará uma resposta exagerada cada vez
que entre em contato com seu alergênio. Estas são as chamadas atópicas (aquelas
pessoas predispostas geneticamente a desenvolver uma resposta exagerada contra
estímulos provenientes do meio ambiente).
Quando uma substância
estranha (alergênio ou antígeno) entra em contato com as células que compõem o
sistema imunológico, inicia-se uma série de reações que culminam na formação de
moléculas que, ao se unirem ao tal alergênio, conseguem destruir e,
posteriormente, eliminá-lo. Estas moléculas mostram uma grande tendência a se
unirem posteriormente a outros componentes celulares do sistema imunológico.
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