Por que tantas cidades foram às ruas contra a Reforma da Previdência?
A mudança na Previdência proposta por Jair Bolsonaro (PEC 6/2019) é preocupante, de acordo com especialistas. Com cálculos complexos, mas não menos cruéis, o projeto vem disfarçado de "reforma", algo que deveria visar a melhoria da qualidade de vida do povo, mas representa um futuro empobrecido e sem garantia de aposentadoria. Por trás da desculpa de corte de privilégios, a proposta do governo tira dos mais pobres e da classe média para fortalecer empresários capitalistas que colocam o lucro acima do bem-estar social coletivo. Diante da falta de debate e percebendo que parte da população ainda não entendeu os riscos graves da PEC, centrais sindicais definiram a data de hoje, 22 de março, como o Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Previdência. Atos acontecem em 126 cidades de todo o Brasil ao longo do dia.
Por trás do discurso do governo, existem falhas que não podem ser
aprovadas como estão. De acordo com a advogada e mestre em Direito
Previdenciário pela PUC-SP Thais Riedel, não há dados atuariais que
justifiquem os novos números propostos. "Estão chutando números. Por
que, por exemplo, aumentar a idade de contribuição de mulheres para 62
anos e não para 61 ou 63? Não há explicação, estão brincando com dados
sérios. Não é uma reforma que atinge privilegiados, é uma mudança para
todos e a maldade está no cálculo."
Hoje, a previdência dos brasileiros é baseada nos princípios de solidariedade (todos contribuem, inclusive empregador e governo), universalidade (é direito de todos), provimento público (que a protege das oscilações do mercado) e proteção social. "Caso a PEC 6 seja aprovada, é cada um por si. Esses valores serão substituídos por individualismo e privatização da Previdência. É o fim do nosso contrato social, de que todos contribuem em benefício do coletivo", reforçou Riedel. Na proposta do governo, cada pessoa será responsável por sua própria aposentadoria e deverá poupar para ter o benefício no futuro. Este acúmulo será gerido por uma empresa privada que tentará lucrar no mercado financeiro, correndo riscos e tirando o capital do País.
Leia mais: https://www.condsef.org.br/…/por-que-tantas-cidades-vao-as-…
Hoje, a previdência dos brasileiros é baseada nos princípios de solidariedade (todos contribuem, inclusive empregador e governo), universalidade (é direito de todos), provimento público (que a protege das oscilações do mercado) e proteção social. "Caso a PEC 6 seja aprovada, é cada um por si. Esses valores serão substituídos por individualismo e privatização da Previdência. É o fim do nosso contrato social, de que todos contribuem em benefício do coletivo", reforçou Riedel. Na proposta do governo, cada pessoa será responsável por sua própria aposentadoria e deverá poupar para ter o benefício no futuro. Este acúmulo será gerido por uma empresa privada que tentará lucrar no mercado financeiro, correndo riscos e tirando o capital do País.
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